terça-feira, 23 de agosto de 2011

Onde estão?

Acho incrível o tamanho do abismo que existe entre as fases da vida.
Íngrime, abrupto, ele nos faz mudar a maneira de enxergar e agir ao que nos cerca, de forma que qualquer transição passe despercebida; apenas percebemos que não somos mais os mesmos a partir de certo momento.
Os assuntos ficam mais escassos, as sorrisos se tornam menos frequêntes, a personalidade marcante é suavisada. E aquele nosso jeito único, diferente, do qual nunca pensamos de nos desfazer, de repente não é mais nosso. E então percebemos que "crescer" também pode não ter sido uma opção àqueles que também já se viram passando por esta fase.
Creio que isso tudo faz parte da sina do ser humano, que no seu desejo nunca se contenta com o que tem. Quando não tem algo, quer ter, quando tem, enjoa, e quer mais. E assim, enjoamos das boas, porém velhas e repetidas, emoções rotineiras. E cada vez mais, precisamos de coisas novas com o que nos contentar, e cada vez menos as coisas nos agradam.
E cada vez mais, a vida fica mais sem graça.
Quando criança, ninguém entende porque os adultos sentem tanta falta do passado: refelxo da falta que faz sentir curiosidade, de aprender, de sempre estar vivendo o novo.
Eu tive o desejo de experimentar o mundo a fora, mas nunca quis me desfazer da vida que levava. E não queria que muitas estivessem do jeito que estão hoje. Mas é aí que entra a nossa capacidade de lhe dar com as frustrações e negações da vida. Eu sou sim, conformado, feliz. Mas eu quero mais. Talvez, eu também já tenha caído na armadilha do enjôo.
Mas parece que no fundo, eu sei que as coisas vão melhorar. Eu sempre busquei a felicidade plena em coisas distantes, algumas até impossíveis, e talvez, grande parte disso sempre esteve bem na frente dos meus olhos.
Talvez minha felicidade não seja dando aulas, ou dono de uma empresa própria, ou morando em londrina. Ou talvez seja. Mas porque olhar somente para o que está no horizonte? Talvez um bom par de óculos ajude minha mente de olhos hipermétropes a olhar não só o que está distante, mas também a felicidade que está muito perto de mim, e que pode me ajudar a deicidir aquilo que está além, e não será resolvido amanhã.
Eu sempre fui uma pessoa de muitos planos, traçando bem as rotas antes de pisar nos caminhos. O que eu preciso aprender agora, é gerenciar o que deve ser deixado pra depois, e o que merece atenção agora. Não é largar de lado todos estes planejamentos. É planejar, sem almejar tanto o que vai vir, e vivendo o que está justo aqui comigo.

5 comentários:

cida disse...

Nunca projete ou deixe para ser FELIZ no futuro, no amanhã. Seja FELIZ HOJE com tudo aquilo que está ao seu alcance. O FUTURO, muitas vezes é diferente do que imaginamos. Não se decepcione com as adversidades da vida. Utilize-as como aprendizado e tire sempre algo de BOM.Devemos olhar tudo ao nosso redor de forma POSITIVA, mesmo que nos pareçam o contrário. Quando agimos assim a vida passa a ser mais bela não só para você mas para que estiver ao seu lado. FELICIDADE DE MÃE É VER SEUS FILHOS FELIZES.

_o disse...

Nossa, só agora percebi a quanto tempo não passo aqui...

Amadurecendo, Chrystian? Mais ainda? Heuhaue Bom ver isso..

Chrystian disse...

É, eu também fazia tempos que não passava aqui Litsuko hahahha
Amadurecendo, sempre, mas apesar disso não consigo deixar de ser imaturo, impressionante.

Chrystian disse...

E mãe, estou feliz, e fico feliz que vc esteja feliz =)

_o disse...

Imaturo é uma coisa que, definitivamente, você não é.